QUERIDOS COLEGAS PROFESSORES

Queridos Colegas Professores

Estando em quarentena, como todos, neste Planeta, assim espero, e sendo uma professora readaptada atualmente, sinto que minhas condições são as mesmas da coletividade, as mesmas angústias da distância, essa que nos faz impotentes de exercitarmos a utilidade plena, de uns para com os outros.
A condição de dedicar-se exaustivamente, sem o devido reconhecimento durante o trabalho presencial, na maioria das vezes com poucos recursos materiais, apenas giz e lousa, papel,
também por vezes com recursos próprios, pelo menos é forte a lembrança vivenciada por mim, penso o quanto é doloroso não poder tirar as dúvidas, diretas, dos seus alunos, pois nem sempre a tecnologia é real e clara a todos, posto que há os que dela são privados.
A preocupação é grandiosa, o inimigo é invisível e tem sido implacável. Uma guerra difícil, “injusta” … não existem, no momento, armas adequadas para o contra-ataque – de um lado o coronavírus e de outro , o ensino a distância – duas guerras ao mesmo tempo. É tudo muito… o inesperado… vencer batalhas para as quais não fomos preparados. Tudo o que temos são “ataduras” para as imensas feridas causadas até aqui.
Quando a guerra acabar…quando a guerra acabar… teremos que tirar dos escombros, a economia, a educação, a saúde…a saúde, essa tem muitos significados… tantos que nem consigo elencar.

Agora, vou viajar um pouquinho no tempo:

– Desde os primórdios registrados nas escrituras, as guerras deixaram mortos, feridos, órfãos, miséria, fome e devastação. Isso não mudou, pois é fato que se luta pelo poder de uns sob os outros, ao longo dos milênios.
No Segundo Milênio, tivemos a Segunda Guerra Mundial, cujas consequências se arrastam até os dias de hoje, deixando mortos, feridos, viúvas, órfãos, miséria, fome, porém, numa proporção exuberante, por ser Mundial. Alguns líderes das guerras e correligionários, Foram caçados, encontrados e condenados, outros, “evaporaram”…
– Será que as batalhas contra a fome, a ignorância, a intolerância, o preconceito e outros tantos mais, deixarão de existir algum dia?

Voltando ao agora, ao meus colegas professores, sem excluir os demais trabalhadores e a população , em geral, mas tratando aqui, de algo específico, a Educação do momento e no momento.

Já são muitos os “feridos” nos escombros do isolamento social, que é uma necessidade ímpar, pois não se pode baixar a guarda contra tal inimigo. Ele merece respeito, não menos que seus esforços, Professores!

O que quero registrar, aqui, é um alerta.

– Não sofram além do mínimo, não se culpem, não deixem cair sua autoestima, não se exponham aos escombros. SAIBAM, SINTAM, ACREDITEM, vocês têm feito o seu melhor. Damos o melhor que temos para dar.
Sou muito grata a vida, pela oportunidade de sempre, trabalhar nas melhores escolas, com os melhores professores que já conheci e compartilhei as atividades profissionais, incluindo todo corpo administrativo e demais funcionários.
Gratidão ao alunos, razão do meu trabalho!

TUPÃ, 14/05/2020

ELIZETE DA ROCHA MARTINS

QUERIDOS COLEGAS PROFESSORES

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